segunda-feira, 20 de junho de 2011

PCN






Os Parâmetros Curriculares Nacionais — PCN — são referências para os Ensinos Fundamental e Médio de todo o país. O objetivo dos PCN é garantir a todas as crianças e jovens brasileiros, mesmo em locais com condições socioeconômicas desfavoráveis, o direito de usufruir do conjunto de conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania. Não possuem caráter de obrigatoriedade e, portanto, pressupõe-se que serão adaptados às peculiaridades locais.
A própria comunidade escolar de todo o país já está ciente de que os PCN não são uma coleção de regras que pretendem ditar o que os professores devem ou não fazer. São, isso sim, uma referência para a transformação de objetivos, conteúdos e didática do ensino.

Ensino Fundamental – 1.ª a 4.ª série
Têm como objetivo estabelecer uma referência curricular e apoiar a revisão e/ou elaboração da proposta curricular dos estados ou das escolas integrantes dos sistemas de ensino.
Os PCN de 1.ª a 4.ª série estão divididos em 10 volumes:

Volume 1 — Introdução aos PCN
Volume 2 — Língua Portuguesa
Volume 3 — Matemática
Volume 4 — Ciências Naturais
Volume 5.1 — História e Geografia
Volume 5.2 — História e Geografia
Volume 6 — Arte
Volume 7 — Educação Física
Volume 8.1 — Temas Transversais — Apresentação
Volume 8.2 — Temas Transversais — Ética
Volume 9.1 — Meio Ambiente
Volume 9.2 — Saúde 
Volume 10.1 — Pluralidade Cultural 
Volume 10.2 — Orientação Sexual


Ensino Fundamental — 5.ª a 8.ª série
Estabelecem, para os sistemas de ensino, uma base nacional comum nos currículos e servem de eixo norteador na revisão ou elaboração da proposta curricular das escolas.
Volume 1 — Introdução aos PCN
Volume 2 — Língua Portuguesa
Volume 3 — Matemática
Volume 4 — Ciências Naturais 
Volume 5 — Geografia 
Volume 6 — História
Volume 7 — Arte 
Volume 8 — Educação Física 
Volume 9 — Língua Estrangeira
Volume 10.1 — Temas Transversais — Apresentação 
Volume 10.2 — Temas Transversais — Ética 
Volume 10.3 — Temas Transversais — Pluralidade Cultural
Volume 10.4 — Temas Transversais — Meio Ambiente 
Volume 10.5 — Temas Transversais — Saúde 
Volume 10.6 — Temas Transversais — Orientação Sexual
Volume 10.7 — Temas Transversais — Trabalho e Consumo 
Volume 10.8 — Temas Transversais — Bibliografia


Ensino Médio
Os PCN para o Ensino Médio têm por objetivo auxiliar os educadores na reflexão sobre a prática diária em sala de aula e servir de apoio ao planejamento de aulas e ao desenvolvimento do currículo da escola. Os documentos estão assim apresentados: 
Bases Legais;
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Educação Física, Arte e Informática);
Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias (Biologia, Física, Química, Matemática);
Ciências Humanas e suas Tecnologias (História, Geografia, Sociologia, Antropologia, Filosofia e Política).


Os PCNs e a Educação Física



  Objetivos Gerais da Educação Física no Ensino Fundamental

Participar de atividades corporais,estabelecendo relações equilibradas e construtivas,sem preconceitos;
Atitudes de respeito,dignidade e solidariedade;
Vivenciar a pluralidade de manifestações de cultura corporal,contextualizando com diferentes grupos sociais;
Solucionar problemas de ordem corporal com perseverança e regularidade;
Conhecer a diversidade dos grupos sociais,evitando o preconceito;
Pensar criticamente  para evitar alienação pelas mídias;
Desenvolver autonomia e cidadania.

Critérios de seleção dos conteúdos

ü  Relevância social
  ü  Características dos alunos
     ü  Especificidades do conhecimento da área 

Blocos de conteúdo
Estão organizados em três blocos
Devem ser desenvolvidos ao longo de todo o ensino fundamental.
A distribuição e o desenvolvimento dos conteúdos estão relacionados com o projeto pedagógico de cada escola e a especificidade de cada grupo.
Os blocos articulam-se entre si, têm vários conteúdos em comum, mas guardam especificidades.

          Esportes, jogos, lutas e ginásticas

Esportes: Considera-se esporte as práticas em que são adotadas regras de caráter oficial e competitivo, organizadas em federações regionais, nacionais e internacionais que regulamentam a atuação amadora e a profissional.
Jogos: Os jogos podem ter uma flexibilidade maior nas regulamentações. São exercidos com um caráter competitivo, cooperativo ou recreativo em situações festivas, comemorativas, de confraternização ou ainda no cotidiano, como simples passatempo e diversão.
Lutas: As lutas são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s), com técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por uma regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e de deslealdade.
Ginásticas: As ginásticas são técnicas de trabalho corporal que, de modo geral, assumem um caráter individualizado com finalidades diversas. Por exemplo, pode ser feita como preparação para outras modalidades, como relaxamento, para manutenção ou recuperação da saúde ou ainda de forma recreativa, competitiva e de convívio social.


          Atividades rítmicas e expressivas
Inclui as manifestações da cultura corporal que têm como característica comum a intenção explícita de expressão e comunicação por meio dos gestos na presença de ritmos, sons e da música na construção da expressão corporal.


Conhecimentos sobre o corpo
Para se conhecer o corpo, abordam-se os conhecimentos anatômicos, fisiológicos, biomecânicos e bioquímicos que capacitam a análise crítica dos programas de atividade física e o estabelecimento de critérios para julgamento, escolha e  realização de atividades corporais saudáveis.







sexta-feira, 10 de junho de 2011

Plano de Ensino


IDENTIFICAÇÃO
Disciplina: Educação Física
Série/Ano: Pré-Escola- Educação Infantil
Idade: 4 a 5 anos
1º Semestre
Ano Letivo: 2011

OBJETIVOS GERAIS


Potencializar as capacidades de ordem física, cognitiva e afetiva. As  capacidades físicas associadas à possibilidade de apropriação e conhecimento das possibilidades corporais, ao auto conhecimento, ao uso do corpo na expressão das emoções, ao deslocamento com segurança. Capacidades de ordem cognitiva associadas ao desenvolvimento dos recursos para pensar, o uso e apropriação de formas de representação e comunicação envolvendo resolução de situações problemas. As capacidades de ordem afetiva  associadas à construção da auto-estima, às atitudes no convívio social, à compreensão de si mesmo e dos outro; a ética que possibilita a construção de valores que norteiem a ação das crianças; na relação interpessoal à possibilidade de estabelecimento de condições para o convívio social, aprendendo a conviver com as diferenças de temperamentos, de intenções, de hábitos e costumes, de cultura, do demais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conduzir e orientar o educando para que atinja os seguintes objetivos:


      
Desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações;

Descobrir e conhecer progressivamente seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites, desenvolvendo e valorizando hábitos de cuidado com a própria saúde e bem-estar;
Estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças, fortalecendo sua auto-estima e ampliando gradativamente suas possibilidades de comunicação e interação social;
Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais, aprendendo aos poucos a articular seus interesses e pontos de vista com os demais, respeitando a diversidade e desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração;
Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do meio ambiente e valorizando atitudes que contribuam para sua conservação;
Brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e necessidades;
Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido, expressar suas idéias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva;
Conhecer algumas manifestações culturais, demonstrando atitudes de interesse, respeito e participação frente a elas e valorizando a diversidade.
Ampliação do conhecimento acerca de seu próprio corpo, suas potencialidades e seus limites e as potencialidades e limites do outro
Desenvolvimento da coordenação motora ampla e fina
Expressão corporal através de gestos, posturas, ritmos para expressar e comunicar sensações
Ampliação gradativa do conhecimento e controle sobre o corpo e o movimento, participando de brincadeiras e jogos que envolvam correr, subir, descer, escorregar, etc.
Utilização de recursos de deslocamento e das habilidades de força, velocidade, resistência e flexibilidade nos jogos e brincadeiras
Aperfeiçoamento das habilidades manuais através de manipulação de materiais, objetos e brinquedos diversos (enfia cadarços, separa objetos pequenos com movimentos de pinça com os dedos, espalha tinta com dedos e/ ou pincéis, picota e recorta papéis, etc.
Desenvolvimento nas medidas corporais (altura, envergadura e peso);
Percepção e organização do todo
Noções espaciais e temporais
Desenvolvimento da autonomia
Desenvolvimento da concentração
Equilíbrio corporal
Lateralidade, habilidades
Confiança em seus movimentos
Expressividade de sentimentos pessoais e idéias
Observação e exploração do meio em que vivem
Percepção das sensações, sinais vitais e integridade do próprio corpo.
Adaptação ao meio escolar, socialização


ESTRATÉGIAS

Possibilitar um ambiente em que as crianças se envolvam nas situações de aprendizagem, que de fato participem das aulas.
  • Organização da aula por blocos de conteúdos
  • Verificação do conhecimento prévio das crianças
  • Relação com os projetos da escola
  • Registro e verificação conjunta das vivências
  • Acordo, trato ou combinados em relação às atitudes nas aulas

Participação em situações de brincadeiras que envolvam a expressão corporal; utilização expressiva e intencional do movimento nas situações cotidianas, em jogos e em suas brincadeiras; percepção e compreensão das estruturas rítmicas para expressarem-se corporalmente por meio de danças, brincadeiras e de outros movimentos; identificação e percepção dos sentidos de expressão que as sensações transmitem por meio dos limites, potencialidades, sinais vitais e integridade do próprio corpo; valorização e ampliações das possibilidades estéticas do movimento pelo conhecimento e utilização de diferentes modalidades da dança e expressão; percepção das sensações, limites, potencialidades, sentidos, sinais vitais e integridade do próprio corpo; utilização de recursos de deslocamento e das habilidades de força, velocidade, resistência e flexibilidade nos jogos dos quais participam; participação em brincadeiras e jogos que envolvam correr, subir, descer, para ampliar gradualmente o conhecimento e o controle sobre o corpo; valorização de suas conquistas corporais; manipulação de materiais, para o aperfeiçoamento de suas habilidades manuais; identificação progressiva de algumas singularidades do próprio corpo.

CONTEÚDOS

Os conteúdos foram selecionados para abranger as dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais. Os conteúdos conceituais possibilitando à construção ativa das capacidades para operar com símbolos, idéias, imagens e representações que permitem atribuir sentido à realidade. Partindo de conceitos mais simples até os mais complexos, a aprendizagem se dá por meio de um processo de constantes idas e vindas, avanços e recuos nos quais as crianças constroem idéias provisórias, ampliam-nas e modificam-nas, aproximando-se gradualmente de conceitualizações cada vez mais precisas.
Os conteúdos procedimentais ligados ao saber fazer. A aprendizagem de procedimentos está diretamente relacionada à possibilidade de a criança construir instrumentos e estabelecer caminhos que lhes possibilitem a realização de suas ações. Longe de ser mecânica e destituída de sentido, a aprendizagem de procedimentos constitui-se em um importante componente para o desenvolvimento das crianças, pois relaciona-se a um percurso de tomada de decisões.
Os conteúdos atitudinais tratam dos valores, das normas e das atitudes. Conceber valores, normas e atitudes como conteúdos implica torná-los explícitos e compreendê-los como passíveis de serem aprendidos e planejados.

Organização da aula por blocos de conteúdos
    
A utilização desta estratégia partiu da proposta apresentada pelo Referencial Curricular Nacional (BRASIL, 1998), que propõe em seus blocos a Formação Pessoal e Social e o Conhecimento de Mundo no trato pedagógico, a organização dos demais blocos surgiu pelo contato com o grupo de professores-pesquisadores (OKIMURA e col.; SANCHES NETO 2007), os blocos são: Elementos Culturais (Jogo, Brincadeira, Dança, Luta e Capoeira), Aspectos Pessoais e Interpessoais (Anatomia, Biomecânica e Prevenção de lesões) Movimentos (Manipulação, Locomoção e Estabilização) e Demandas do Ambiente (Natureza, Virtual, História e Geografia). Após o levantamento destes temas ocorre a organização e discussão do planejamento com a comunidade escolar (professores (as), diretores (as), coordenadores (as) e demais funcionários (as) da escola), por meio de reuniões. Já na organização das aulas pode haver ou não a relação de mais de um tema.
Blocos de conteúdo: Linguagem corporal; jogos e brincadeiras; identidade e autonomia; natureza e sociedade.

1- Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo;

2. Explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação;

3. Deslocar-se com destreza progressiva no espaço ao andar, correr, pular, et., desenvolvendo atitude de confiança nas próprias capacidades motoras;

4. Explorar e utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento, etc., para o uso de objetos diversos;

5. Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais situações de interação;

6. Explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força, velocidade, resistência e flexibilidade, conhecendo gradativamente os limites e as potencialidades de seu corpo;

7. Controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoando seus recursos de deslocamento e ajustando suas habilidades motoras para utilização en jogos, brincadeiras, danças e demais situações;

8. Utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento, etc., para ampliar suas possibilidades de manuseio de diferentes materiais e objetos;

9. Apropriar-se progressivamente da imagem global de seu corpo, conhecendo e identificando seus segmentos e elementos e desenvolvendo cada vez mais uma atitude de interesse e cuidado com o próprio corpo.


Atividades lúdicas, jogos, danças, músicas, atividades com bolas, cordas, bambolês, bexigas, rodas de conversa, dramatizações, situações-problema a partir de situações imaginárias do cotidiano, identificação de singularidades próprias e das pessoas com as quais convive (auto-imagem, espelho), realização de trabalhos em grupo, atividades para familiarizar-se com a imagem do próprio corpo (espelho), jogos de imitar, brincadeiras de roda, danças, ritmos, atividades que envolvam, força, expressões faciais, atividades de relaxamento (exercícios imaginários – percepção dos sinais vitais), imitações.

METODOLOGIA
Os princípios que nortearão o trabalho da Educação Física com a Educação Infantil é o que garantirá o compromisso e a efetividade das atividades. O comprometimento com a formação da criança, compreendida em sua globalidade, a proximidade com as práticas sociais reais, o brincar como linguagem fundamental para inserção, compreensão e invenção da realidade pela criança e a interação como fonte de desenvolvimento e aprendizagem.
Com isso, o conhecimento das crianças evoluirá gradativamente no sentido de uma compreensão cada vez mais ampla da realidade. Há também a necessidade de privilegiar o que a criança, por si só, puder descobrir, e respeitar as respostas construídas pelas crianças, para que assim elas possam gradualmente se aprofundar no conhecimento e no seu desenvolvimento integral.

AVALIAÇÃO
Contínua e diagnóstica. É feita através de observação, diálogo, reflexão e acompanhamento do dia-a-dia de cada aluno. Essa forma de avaliação exige que sejam registrados os pontos positivos e negativos da formação da criança e que sejam ressaltados os aspectos significativos no seu desenvolvimento, para que então esses registros possam ser apresentados aos pais e sirvam também como subsídios para que o educador reveja sua prática afim de que se reorganize em suas ações pedagógicas, centrado nas respostas obtidas.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MANTOVANI,Susanna;BONDIOLI, Anna. Manual da educação infantil de 0 a 3 anos. Porto Alegre; Artes Médicas, 1998.
SCHILLER, Pam; ROSSANO, Joan. Ensinar e aprender brincando: mais de 750 atividades para Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008.
ABERKANE, Françoise Ceruquette; BERDONNEAU, Catherine. O ensino na Educação Infantil. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
AROEIRA, Maria Luísa C. et al. Didática de Pré-Escola: vida criança: brincar e aprender. São Paulo: FTD, 1996.
CNE. Resolução CEB 1/99. Diário Oficial da União, Brasília, 13 de abril de 1999. Seção 1, p. 18. RESOLUÇÃO CEB Nº 1, DE 7 DE ABRIL DE 1999(*)
Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil


quinta-feira, 2 de junho de 2011

Filme: Verônica



       
        Sinopse:

O filme relata a história de Verônica, uma professora da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro há vinte anos que passa por sérios problemas pessoais.
Um dia, na escola em que trabalha, ela percebe que ninguém veio buscar Leandro, um aluno de oito anos. Já é tarde da noite quando a professora decide levá-lo em casa. Ao chegar no alto do morro, encontram a polícia e muito tumulto. Traficantes mataram os pais de Leandro e querem matá-lo também. Verônica foge com o menino. Ela procura ajuda e descobre que a policia também está ligada ao assassinato dos pais do menino. Sem poder confiar em ninguém, ela decide esconder o garoto.
Assim, Verônica é obrigada a enfrentar policiais e traficantes para sobreviver. E enquanto procura uma maneira de escapar com o menino, redescobre sentimentos que estavam adormecidos na sua vida solitária e difícil.



Verônica nos apresenta uma situação bastante comum em nossos dias. A professora está cansada de sua profissão, se sente desmotivada, está passando por momentos de dificuldades em sua vida pessoal, sem nem mesmo poder resolver os problemas financeiros, com o baixo salário e então vê como única solução, deixar de ser professora. Logo surge um problema bem maior do que ela imaginava poder existir: seu aluno está órfão, sem poder contar com a ajuda de ninguém e ainda, jurado de morte. A professora então tenta ajudar e logo se vê totalmente envolvida pela situação. O que ela, nem nós imaginávamos era a profunda relação afetiva que isso tudo causaria entre ela e seu aluno Leandro. 


PAPEL DO PROFESSOR é o de problematizar questões, trazer opiniões e questionamentos sobre os assuntos emergentes, educar para o senso crítico, para a não-submissão. O professor não deve se calar diante das injustiças, da exclusão, e sim trabalhar em prol de uma sociedade, não sendo alienado e aliado ao sistema, mas sim oferecendo cultura, oportunidades, evidenciando os conflitos da comunidade e não escondê-los ou minimizá-los, mas que os tragam à tona para desenvolver o senso crítico na busca de uma transformação social.

No filme a professora se vê implorando às crianças para ensinar-lhes algo e dar-lhes educação, em meio à desordem e o desrespeito. A Professora Verônica utilizava de RECURSOS E ESTRATÉGIAS comuns nas escolas atuais, pois as crianças apenas eram contidas e a respeitavam quando ela se utilizava de gritos impacientes. Pode-se analisar também que a professora era adepta a um método tradicionalista, onde os alunos eram apenas expectadores de suas explicações e verdades absolutas, não proporcionando aulas de caráter expositivo, interativo e tecnológico, que pudessem atrair o interesse das crianças, contudo, não havia intervenção e construção de um conhecimento culturalmente diversificado possivelmente oferecido pelos alunos. 
          Seu MÉTODO DE AVALIAÇÃO surpresa, com provas inesperadas era uma de suas estratégias para controlar a sala. Servia como um tipo de ameaça que amedrontava os alunos e era também utilizado como um castigo no caso de desordem e desobediência.

  • Até que ponto você, como professor, se envolveria numa situação como a que Verônica  se envolveu? 
  • Foram corretas as atitudes de Verônica?  

    Observa-se que Verônica representa no filme milhares de pessoas que buscam oportunizar e melhorar as condições humanas de educação, de cultura, de amor, de liberdade de ir e vir, de direito à vida, ao respeito, à dignidade, que todos têm determinado por lei, mas que não são válidas e aplicáveis para a camada majoritária da população devido à falta de investimentos em políticas públicas que definitivamente democratizem os direito e deveres dos cidadãos. 

Ruiz (2003) afirma que, faz-se necessário acreditar que, apesar da educação não poder sozinha transformar a sociedade em questão, nenhuma mudança estrutural pode acontecer sem a sua contribuição. A transformação social, que muitos almejam para uma sociedade mais justa, com menos desigualdades, onde todos tenham voz e vez, só será possível a partir do momento que se evidenciem os conflitos, não tentando escondê-los ou minimizá-los, mas que os tragam à tona, para que assim a educação não contribua como mecanismo de opressão, buscando a superação.



Referências

RUIZ, M. J. F. O papel social do professor: uma contribuição da filosofia da educação e do pensamento freireano à formação do professor.
Disponível em: <http://www.rieoei.org/rie33a03.htm>. Acesso em 08 mar 2011.

domingo, 22 de maio de 2011

Estatuto da Criança e do Adolescente





               LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990

   "NÃO HA ESCURIDÃO MAIOR E MAIS ASSUSTADORA PARA UMA CRIANÇA E PARA A HUMANIDADE DO QUE A FALTA DE RESPEITO PELOS SEUS DIREITOS". (Marta Serrat)

O ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, é uma Lei Federal, de número 8.069, promulgada em 13 de julho de 1990 e esta lei trata sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.






Confira no link abaixo uma história em quadrinhos, de Maurício de Souza,   sobre o ECA


http://www.gnial.com.br/CLIENTES/UNICEF/ESTATUTO/



Este conjunto de leis vieram para cuidar e defender nossas crianças.
Esta é uma Lei sobre a proteção da criança, sendo considerada criança de 0 a 12 anos e adolescente entre 12 anos e 18 anos de idade. Nesta lei é lhes assegurado  o pleno direito de oportunidade ao desenvolvimento  físico, moral,  espiritual, social em condições de liberdade e de dignidade. Neste estatuto está regulamentado de quem é o dever de cuidar,  proteger os menores adolescentes e crianças.dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar lhes com absoluta prioridade o  acesso ao bem estar , a vida, a saúde, a alimentação, a educação,  ao esporte, ao lazer, a cultura, a escola. Assegurar-lhes a dignidade, o respeito, a liberdade e a convivência na familia e na sociedade. São leis completas e que lhes asseguram todos os direitos e proteção.







Estatuto da Criança e do Adolescente, na íntegra:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm





Toda criança e adolescente tem direitos e deveres




       Quais são os direitos?

       À vida e saúde;
       Nascimento e desenvolvimento sadio e harmonioso;
       Prioridade absoluta no atendimento hospitalar e ambulatorial;
       Políticas públicas voltadas à criança e adolescente;
       À liberdade, respeito e dignidade
       Brincar, praticar esportes e divertir-se
       Liberdade de expressão
       Condição humana de existência
       Ser respeitado como cidadão de direitos e deveres
       Socializar-se com outras crianças e adolescentes
       Ser assistido, criado e educado por uma família
       À convivência familiar e comunitária
       Receber, sustento, moradia, higiene e vestuário
       À educação, cultura e lazer
       Acesso a escola pública e gratuita próxima a sua residência
       Atividade, educativas, cultuais, esportivas, e lazer
       Organizar e ajudar nas atividades escolares
       À profissionalização e proteção ao trabalho;
       Atendimento educacional especializado às pessoas com necessidades especiais;
       Atendimento em creche e pré-escola as crianças de zero a seis anos de idade.
       Ser respeitado por seus educadores e funcionários




Quais são os deveres?





       Cumprir regras e normas;
       Estudar e frequentar a escola;
       Respeitar seus educadores e funcionários da escola;
       Fazer as tarefas diariamente.
       Preservar os espaços públicos e meio ambientes;
       Obedecer a ordens dos pais, familiares e professores;
       Conhecer os valores da escola, família e da sociedade.
Entre os alunos
       Respeitar a si mesmo e todas as pessoas independentes de raça, cor, sexo, religião, classe social ou idade;
       Amar as pessoas com quem vive;
       Praticar os bons costumes;
       Respeitar os colegas de classe.